quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A CORAGEM DE SER VOCÊ

PONTO DE VISTA:
É muito fácil para a maioria das pessoas falar da vida do vizinho e, principalmente, observar detalhes (defeitos e qualidades) do mesmo. Agora é realmente difícil olhar para você, perceber suas qualidades e defeitos e aceitá-las sempre, quando não consegue aceitar qualquer detalhe seu, busque saber o que pode ser melhor.
As pessoas (e me incluo nesse contexto) não conseguem na maioria das vezes aceitar que todos nós somos passíveis de mudanças. Que se por acaso existe algo em mim que não gosto, não me custa tentar adaptar-me ao que considero melhor. Não é impossível perceber quando algo está me fazendo mal, ou fazendo mal aos que me rodeiam e através dessa percepção do que me incomoda buscar como gostaria que fosse para omeu bem, para que dessa forma posse conseguir estar bem consigo mesmo.
Na realidade procuramos desculpas nos conceitos da sociedade, com o que consideram "certo ou errado", mas quem sou eu para considerar algo certo ou errado, se o meu conceito é diferente do seu e dos demais, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas somos obrigados sim a respeitar a todos sem restrições.
Para saber se você aceita seu jeito de ser, que tal começar a refletir sobre tudo que você gosta, e que deixa de fazer por algum motivo...
Algo que te faz feliz, e deixa passar despercebido...
Momentos que te fazem sentir bem, mas nem sempre aproveita-os suficiente com medo (medo de não ser quem você é?)
Será que realmente vale a pena?
Passou da hora de pensar em quem realmente você é...
Uma pessoa a quem tenho como "mestre" falou-me um dia sobre uma passagem que relata isso muito bem.
Disse-me de uma sequência de perguntas feitas pelos sofistas a Tales de Mileto sobre as maiores coisas do mundo (no intuito de confudí-lo), mas não imaginavam que as respostas seriam tão precisas e incontestáveis.
Direi mais em especifico sobre as duas últimas perguntas, onde os sofistas perguntaram:
Qual é a coisa mais fácil?
Tales responde: DAR CONSELHOS
E a mais difícil?
Em mais um momento de resposta sábia e incontestável Tales diz: CONHECER A SI MESMO.
Levarei esses questionamentos para sempre comigo, afinal é sim a coisa mais difícil do mundo. (Pensem nisso)

--> O texto abaixo levanta alguns questionamentos sobre essa coragem de assumir quem realmente somos.

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A CORAGEM DE SER VOCÊ
Por Andrea Pavlovitsch - andreapavlovitsch@uol.com.br

Eu tenho 1,72 e muitos mais quilos do que reza a cartilha da boa alimentação e da saúde. Tenho 5 tatuagens espalhadas pelo corpo, apesar de serem discretas porque eu prefiro mesmo assim. Gosto de saltos, de blusas decotadas e muitas, muitas cores no meu guarda-roupas. Não tenho jeito de moça casamenteira aos 32 anos (apesar de toda a minha família ser assim e eu aparentar até menos idade) e não sou de guardar muito dinheiro (está bem, eu até gasto demais em algumas ocasiões). E sempre, sempre lutei contra tudo isso em mim.
Acho que nunca me conformei de ser assim. Meio maluca, meio despirocada. Gostando sempre dos caras mais estranhos da escola, me envolvendo em histórias malucas, em mentiras deslavadas. Fugindo da aula no meio para passar na frente da casa de um carinha de que eu estava a fim (e atire a primeira pedra a mulher que nunca fez isso!). Já fiz loucura para emagrecer, tipo andar o dia inteiro e comer 2 tomates e, mesmo assim, isso sou eu.
É muito comum a gente querer ser amada por todos. Querer que todo mundo (nossos amigos, clientes, pai, mãe, professores e até o cachorro) nos ame incondicionalmente. E ai daquele que resolver nos apontar um defeito, uma coisa que não gostam em nós. Algumas pessoas reagem brigando. Eu, no entanto, reajo achando que realmente ele está certo. Aquilo é mesmo um defeito horrível, eu tenho que mudar aquilo em mim o mais rápido possível e pronto. Começo a me colocar para baixo, usar a minha força contra mim, me condenando com frases como “tá vendo, se você fosse mais assim, mais assado...”. As frases viram mantras que me acompanham pelo shopping center (principalmente na hora das compras), pelo supermecado, na mesa de café-da-manhã. Com o tempo você passa a acreditar que é mesmo verdade e, aí, adeus auto-estima.
A auto-estima baixa nada mais é do que você não gostar de você, do jeitinho que você é! E não estou falando só de pequenos defeitos físicos, tipo não ter a barriga tanquinho da Fergie (ai, que inveja!) ou os “olhos de cigana dissimulada” da Capitu. Estou falando daquilo que é característico seu e diferente do resto. Imagine que você tivesse nascido numa família de hippies, descendentes diretos de Woosdtock, e resolvesse virar um yupi da melhor categoria, apaixonado por tecnologia e decoração de interiores. Imagina a reação da sua família e quantas vezes eles se perguntariam o que fizeram de errado para ter uma pessoa assim na família deles. É a mesma coisa, só que é mais difícil de ver quando estamos falando da maioria. Eu tenho esse jeito doido, numa família que é super tradicional (quase católica-apostólica-romana) e é complicado ser amada por uma família inteira que não tem nada que ver com o seu jeito. Não que eles estejam errados e eu certa! Não, pelo amor da Deusa. Os dois estão certos, desde que eu esteja seguindo a minha alma, a minha verdadeira força e o que eu sou de verdade, e eles seguindo a deles. Talvez surjam conflitos? Sim, mas a vida é isso aí! Talvez não.
Na verdade, as pessoas realmente queridas por todos são aquelas que são elas mesmas. Já percebeu como você adora aquela sua tia maluca que casou com um milionário e mudou pra França? E aquele seu primo que apostou tudo numa profissão, que o fez rir duas horas e hoje está nadando no dinheiro? Gostamos da energia das pessoas verdadeiras. Aquelas pessoas gostosas, fofas, legais que o fazem fazer o que elas quiserem na hora. Isso é porque a energia delas está emanando direto da alma. Não têm máscaras, não têm atalhos. Você simplesmente sente aquilo como uma coisa boa, a hipnotiza às vezes, a faz ficar gostosa também. Todo mundo quer essas pessoas por perto, mas, por incrível que pareça, e por mais que ela goste, ela não precisa de todo mundo perto. Ela pode muito bem se fazer uma incrível companhia e ser feliz sozinha. Não existe, aqui, a solidão, mas sim a solitude, de estar com você! Então, que tal retrabalhar isso na gente? Fazer uma lista, como essa que eu fiz acima, daquilo que você não aceita realmente em você. Aquelas coisas que você acha que deveriam ser muito diferentes para serem reais. Depois é só aceitar. Baixar do seu orgulho (orgulho no sentido que querer ser o que não é) e aceitar. “É, sou meio cafajeste mesmo”, “É, não gosto de tomar banho quando acordo”, sei lá. Qualquer coisa que acredita que deveria ser diferente, só que porque alguém lhe disse isso e você comprou a idéia. Depois ame-se! Aí, sim, você terá condições verdadeiras de se amar. E quando as críticas chegarem - e elas chegarão - dê as costas. Dê de ombros e diga para si mesmo “eu sou assim”! Tem que ter muita coragem para amar a si mesmo e para aceitar o que você é! Vamos começar agora?

OS TRÊS LADOS DA TRAIÇÃO

PONTO DE VISTA:

Será que é possivel ter três lados em uma traição?
Sempre é visto apenas "dois" os que traem e aquele que é traído. Porém esse texto levanta um questionamento interessante para que as pessoas possam perceber que nesse contexto existe três lados e que na maioria das vezes todos acabam muito mais envolvidos do que acreditavam estar.
Mesmo quando a intençao é ser apenas duas pessoas envolvidas em uma nova história, há uma terceira a quem pode acabar muito mais envolvida e machucada do que se possa imaginar.
Relações assim têm sido consideradas "comuns" na atualidade. Contudo, existem pessoas também que não pensam dessa forma.
Afinal o que você pensa? Você já traiu? Já foi traído? Pensou nesses três lados que sem perceber você acabou envolvido?
Realmente existe esses três lados?...

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OS TRÊS LADOS DA TRAIÇÃO
A vítima, a liberada e o privilegiado: assim é o triângulo adúltero
Por Fernando Puga •

No adúltero mundo mágico da monogamia, dois conflitantes personagens refletem duas interessantes figuras de mulher: a traída e a traidora. De um lado, a santa, limpa e enganada, mártir do amor e da confiança. Do outro, a vulgar ninfomaníaca, perversa e fatal destruidora de lares. E entre elas, o homem, a se julgar possuidor de ambas em seus dois universos muito diferentes, separados por corpo e coração. Mas o que será que acontece quando esses três personagens se confrontam em uma realidade única? Culpa, raiva e orgulho transitam em meio a acusações e discussões sobre verdades e mentiras.
Ana Tereza*, 32 anos, tinha 26 quando se envolveu com um colega da faculdade de odontologia, casado. Ele era cinco anos mais velho e, segundo Ana, com muito mais experiência afetiva e sexual do que ela, então uma garota do interior com apenas um namorado de adolescência no currículo. Ela sabia, desde quando se conheceram, do estado civil do rapaz e era até comum, durante os quatro meses que passaram juntos, ouvir falar da mulher. "Eu não gostava de pensar muito nela, de ouvir que existia, porque me sentia culpada. Eu me colocava um pouco no lugar e ficava desconfortável. Quando imaginava, me vinha mais à cabeça a relação que ele dizia que tinha com ela, fria, cansada. Como ele era muito carente, pensava em uma mulher apagada, sem vida, distante, tanto que nem conseguia idealizá-la", conta Ana Tereza, que se apaixonou pelo amante e acabou vendo-o sumir no mundo. "Um belo dia, ele parou de me atender, de me ligar. Foi de um dia pro outro. Fiquei péssima", lembra ela.
A agora dentista tem algo em comum com a jornalista Joana*, 28 anos. Ela também foi amante de um homem casado por quase um ano, amigo de amigos seus. "Era uma relação muito quente, carnal. Predominantemente sexual, mesmo", define. Joana conta que tinha poucas informações sobre a esposa de seu companheiro de encontros obscuros pelos motéis da Zona Sul do Rio de Janeiro e que, talvez por isso mesmo, se pegava inúmeras vezes tentando imaginar como era essa mulher. "Pensava sempre naquela figura que não compreendia o marido, pensava numa pessoa difícil, com uma visão muito fechada da sexualidade. Mesmo porque entre nós era tudo muito liberado, sentia que ele se realizava mesmo na cama só comigo. Ele chegava sempre muito fogoso, como se tivesse que se reprimir em casa e tinha em mim uma chance de se liberar, fazer o que realmente queria", aponta ela.
“Nunca deixei de querer muito a minha mulher por ter amantes, eventualmente”
Atualmente separado, mas com um casamento de oito anos nas costas - devidamente permeado por experiências além-cerca - o advogado Thiago*, 37 anos, contabilizou algumas amantes durante a vida. Ele se justifica, com absoluta sinceridade: "É como uma moto. Quando a gente quer alguma coisa mais movimentada, vai com ela para não sujar o carro, no caso, a esposa". Ter outra, para ele, não significa amar ou desejar menos a esposa, muito pelo contrário. "São coisas muito diferentes, portanto. Nunca deixei de querer muito a minha mulher por ter amantes, eventualmente. Ocupam lugares distintos, para mim", afirma. Mas foi justamente uma pulada de cerca mal dada que acabou minando seu casamento. "Alguém contou para ela que eu estava no motel com outra, ela me ligou no momento e eu não tive coragem de dizer que não. Fui para casa conversar, tentar me expor, mas ela não quis me entender, nem me ouvir. Foi-se embora um casamento de dez anos por conta de um episódio desses", revela Thiago, sem esconder que ainda sente falta da ex-mulher.