PONTO DE VISTA:
É muito fácil para a maioria das pessoas falar da vida do vizinho e, principalmente, observar detalhes (defeitos e qualidades) do mesmo. Agora é realmente difícil olhar para você, perceber suas qualidades e defeitos e aceitá-las sempre, quando não consegue aceitar qualquer detalhe seu, busque saber o que pode ser melhor.
As pessoas (e me incluo nesse contexto) não conseguem na maioria das vezes aceitar que todos nós somos passíveis de mudanças. Que se por acaso existe algo em mim que não gosto, não me custa tentar adaptar-me ao que considero melhor. Não é impossível perceber quando algo está me fazendo mal, ou fazendo mal aos que me rodeiam e através dessa percepção do que me incomoda buscar como gostaria que fosse para omeu bem, para que dessa forma posse conseguir estar bem consigo mesmo.
Na realidade procuramos desculpas nos conceitos da sociedade, com o que consideram "certo ou errado", mas quem sou eu para considerar algo certo ou errado, se o meu conceito é diferente do seu e dos demais, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas somos obrigados sim a respeitar a todos sem restrições.
Para saber se você aceita seu jeito de ser, que tal começar a refletir sobre tudo que você gosta, e que deixa de fazer por algum motivo...
Algo que te faz feliz, e deixa passar despercebido...
Momentos que te fazem sentir bem, mas nem sempre aproveita-os suficiente com medo (medo de não ser quem você é?)
Será que realmente vale a pena?
Passou da hora de pensar em quem realmente você é...
Uma pessoa a quem tenho como "mestre" falou-me um dia sobre uma passagem que relata isso muito bem.
Disse-me de uma sequência de perguntas feitas pelos sofistas a Tales de Mileto sobre as maiores coisas do mundo (no intuito de confudí-lo), mas não imaginavam que as respostas seriam tão precisas e incontestáveis.
Direi mais em especifico sobre as duas últimas perguntas, onde os sofistas perguntaram:
Qual é a coisa mais fácil?
Tales responde: DAR CONSELHOS
E a mais difícil?
Em mais um momento de resposta sábia e incontestável Tales diz: CONHECER A SI MESMO.
Levarei esses questionamentos para sempre comigo, afinal é sim a coisa mais difícil do mundo. (Pensem nisso)
--> O texto abaixo levanta alguns questionamentos sobre essa coragem de assumir quem realmente somos.
______________________________________________________________
A CORAGEM DE SER VOCÊ
Por Andrea Pavlovitsch - andreapavlovitsch@uol.com.br
Eu tenho 1,72 e muitos mais quilos do que reza a cartilha da boa alimentação e da saúde. Tenho 5 tatuagens espalhadas pelo corpo, apesar de serem discretas porque eu prefiro mesmo assim. Gosto de saltos, de blusas decotadas e muitas, muitas cores no meu guarda-roupas. Não tenho jeito de moça casamenteira aos 32 anos (apesar de toda a minha família ser assim e eu aparentar até menos idade) e não sou de guardar muito dinheiro (está bem, eu até gasto demais em algumas ocasiões). E sempre, sempre lutei contra tudo isso em mim.
Acho que nunca me conformei de ser assim. Meio maluca, meio despirocada. Gostando sempre dos caras mais estranhos da escola, me envolvendo em histórias malucas, em mentiras deslavadas. Fugindo da aula no meio para passar na frente da casa de um carinha de que eu estava a fim (e atire a primeira pedra a mulher que nunca fez isso!). Já fiz loucura para emagrecer, tipo andar o dia inteiro e comer 2 tomates e, mesmo assim, isso sou eu.
É muito comum a gente querer ser amada por todos. Querer que todo mundo (nossos amigos, clientes, pai, mãe, professores e até o cachorro) nos ame incondicionalmente. E ai daquele que resolver nos apontar um defeito, uma coisa que não gostam em nós. Algumas pessoas reagem brigando. Eu, no entanto, reajo achando que realmente ele está certo. Aquilo é mesmo um defeito horrível, eu tenho que mudar aquilo em mim o mais rápido possível e pronto. Começo a me colocar para baixo, usar a minha força contra mim, me condenando com frases como “tá vendo, se você fosse mais assim, mais assado...”. As frases viram mantras que me acompanham pelo shopping center (principalmente na hora das compras), pelo supermecado, na mesa de café-da-manhã. Com o tempo você passa a acreditar que é mesmo verdade e, aí, adeus auto-estima.
A auto-estima baixa nada mais é do que você não gostar de você, do jeitinho que você é! E não estou falando só de pequenos defeitos físicos, tipo não ter a barriga tanquinho da Fergie (ai, que inveja!) ou os “olhos de cigana dissimulada” da Capitu. Estou falando daquilo que é característico seu e diferente do resto. Imagine que você tivesse nascido numa família de hippies, descendentes diretos de Woosdtock, e resolvesse virar um yupi da melhor categoria, apaixonado por tecnologia e decoração de interiores. Imagina a reação da sua família e quantas vezes eles se perguntariam o que fizeram de errado para ter uma pessoa assim na família deles. É a mesma coisa, só que é mais difícil de ver quando estamos falando da maioria. Eu tenho esse jeito doido, numa família que é super tradicional (quase católica-apostólica-romana) e é complicado ser amada por uma família inteira que não tem nada que ver com o seu jeito. Não que eles estejam errados e eu certa! Não, pelo amor da Deusa. Os dois estão certos, desde que eu esteja seguindo a minha alma, a minha verdadeira força e o que eu sou de verdade, e eles seguindo a deles. Talvez surjam conflitos? Sim, mas a vida é isso aí! Talvez não.
Na verdade, as pessoas realmente queridas por todos são aquelas que são elas mesmas. Já percebeu como você adora aquela sua tia maluca que casou com um milionário e mudou pra França? E aquele seu primo que apostou tudo numa profissão, que o fez rir duas horas e hoje está nadando no dinheiro? Gostamos da energia das pessoas verdadeiras. Aquelas pessoas gostosas, fofas, legais que o fazem fazer o que elas quiserem na hora. Isso é porque a energia delas está emanando direto da alma. Não têm máscaras, não têm atalhos. Você simplesmente sente aquilo como uma coisa boa, a hipnotiza às vezes, a faz ficar gostosa também. Todo mundo quer essas pessoas por perto, mas, por incrível que pareça, e por mais que ela goste, ela não precisa de todo mundo perto. Ela pode muito bem se fazer uma incrível companhia e ser feliz sozinha. Não existe, aqui, a solidão, mas sim a solitude, de estar com você! Então, que tal retrabalhar isso na gente? Fazer uma lista, como essa que eu fiz acima, daquilo que você não aceita realmente em você. Aquelas coisas que você acha que deveriam ser muito diferentes para serem reais. Depois é só aceitar. Baixar do seu orgulho (orgulho no sentido que querer ser o que não é) e aceitar. “É, sou meio cafajeste mesmo”, “É, não gosto de tomar banho quando acordo”, sei lá. Qualquer coisa que acredita que deveria ser diferente, só que porque alguém lhe disse isso e você comprou a idéia. Depois ame-se! Aí, sim, você terá condições verdadeiras de se amar. E quando as críticas chegarem - e elas chegarão - dê as costas. Dê de ombros e diga para si mesmo “eu sou assim”! Tem que ter muita coragem para amar a si mesmo e para aceitar o que você é! Vamos começar agora?
Acho que nunca me conformei de ser assim. Meio maluca, meio despirocada. Gostando sempre dos caras mais estranhos da escola, me envolvendo em histórias malucas, em mentiras deslavadas. Fugindo da aula no meio para passar na frente da casa de um carinha de que eu estava a fim (e atire a primeira pedra a mulher que nunca fez isso!). Já fiz loucura para emagrecer, tipo andar o dia inteiro e comer 2 tomates e, mesmo assim, isso sou eu.
É muito comum a gente querer ser amada por todos. Querer que todo mundo (nossos amigos, clientes, pai, mãe, professores e até o cachorro) nos ame incondicionalmente. E ai daquele que resolver nos apontar um defeito, uma coisa que não gostam em nós. Algumas pessoas reagem brigando. Eu, no entanto, reajo achando que realmente ele está certo. Aquilo é mesmo um defeito horrível, eu tenho que mudar aquilo em mim o mais rápido possível e pronto. Começo a me colocar para baixo, usar a minha força contra mim, me condenando com frases como “tá vendo, se você fosse mais assim, mais assado...”. As frases viram mantras que me acompanham pelo shopping center (principalmente na hora das compras), pelo supermecado, na mesa de café-da-manhã. Com o tempo você passa a acreditar que é mesmo verdade e, aí, adeus auto-estima.
A auto-estima baixa nada mais é do que você não gostar de você, do jeitinho que você é! E não estou falando só de pequenos defeitos físicos, tipo não ter a barriga tanquinho da Fergie (ai, que inveja!) ou os “olhos de cigana dissimulada” da Capitu. Estou falando daquilo que é característico seu e diferente do resto. Imagine que você tivesse nascido numa família de hippies, descendentes diretos de Woosdtock, e resolvesse virar um yupi da melhor categoria, apaixonado por tecnologia e decoração de interiores. Imagina a reação da sua família e quantas vezes eles se perguntariam o que fizeram de errado para ter uma pessoa assim na família deles. É a mesma coisa, só que é mais difícil de ver quando estamos falando da maioria. Eu tenho esse jeito doido, numa família que é super tradicional (quase católica-apostólica-romana) e é complicado ser amada por uma família inteira que não tem nada que ver com o seu jeito. Não que eles estejam errados e eu certa! Não, pelo amor da Deusa. Os dois estão certos, desde que eu esteja seguindo a minha alma, a minha verdadeira força e o que eu sou de verdade, e eles seguindo a deles. Talvez surjam conflitos? Sim, mas a vida é isso aí! Talvez não.
Na verdade, as pessoas realmente queridas por todos são aquelas que são elas mesmas. Já percebeu como você adora aquela sua tia maluca que casou com um milionário e mudou pra França? E aquele seu primo que apostou tudo numa profissão, que o fez rir duas horas e hoje está nadando no dinheiro? Gostamos da energia das pessoas verdadeiras. Aquelas pessoas gostosas, fofas, legais que o fazem fazer o que elas quiserem na hora. Isso é porque a energia delas está emanando direto da alma. Não têm máscaras, não têm atalhos. Você simplesmente sente aquilo como uma coisa boa, a hipnotiza às vezes, a faz ficar gostosa também. Todo mundo quer essas pessoas por perto, mas, por incrível que pareça, e por mais que ela goste, ela não precisa de todo mundo perto. Ela pode muito bem se fazer uma incrível companhia e ser feliz sozinha. Não existe, aqui, a solidão, mas sim a solitude, de estar com você! Então, que tal retrabalhar isso na gente? Fazer uma lista, como essa que eu fiz acima, daquilo que você não aceita realmente em você. Aquelas coisas que você acha que deveriam ser muito diferentes para serem reais. Depois é só aceitar. Baixar do seu orgulho (orgulho no sentido que querer ser o que não é) e aceitar. “É, sou meio cafajeste mesmo”, “É, não gosto de tomar banho quando acordo”, sei lá. Qualquer coisa que acredita que deveria ser diferente, só que porque alguém lhe disse isso e você comprou a idéia. Depois ame-se! Aí, sim, você terá condições verdadeiras de se amar. E quando as críticas chegarem - e elas chegarão - dê as costas. Dê de ombros e diga para si mesmo “eu sou assim”! Tem que ter muita coragem para amar a si mesmo e para aceitar o que você é! Vamos começar agora?