terça-feira, 13 de janeiro de 2009

**MINHA VIDA EM "POUCAS LINHAS"

Por: Alyne Miranda
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Sei que experiências não devem e nem podem ser guardadas na memória de quem as viveu eternamente...

Por esse motivo, pensei e relutei muito contra minha ideologia antes de transcrever e postar para todos vocês de forma resumida a minha vida.
Até porque, se eu fosse contar toda a minha história neste espaço, com certeza seria insuficiente e todos iriam chegar a se cansar de ler. Mas, tentarei ser sucinta e clara.

(Lembro a você que esse relato tem o intuito apenas para que possas perceber o quanto é necessário basear-se nas experiências passadas para melhor aproveitamento das futuras decisões)...Vamos lá... Começar o enredo.

Tenho algumas metas para minha vida, principalmente neste ano de 2009, que é o ano de minha formatura em Jornalismo. Quero poder realizar o meu sonho e conseqüentemente, irei realizar também o sonho dos meus pais.

Acabei de terminar um ano muito difícil (2008), muitas mudanças (e mudanças extremas) tanto na vida pessoal quanto na profissional.
E depois de tantas mudanças, carrego comigo a certeza que não conseguimos nada fácil na vida.

Tenho vários desejos nesta vida, desde material ao profissional e pessoal, e pouco a pouco venho percebendo que posso realizá-los.
Porém, nos últimos tempos tenho começado a ter dúvidas quanto a essa afirmação.

Sou uma mulher “jovem” por fora, mas me considero velha por dentro, ao menos quanto as experiências que já vivi. Já passei por momentos que poucos com a minha idade já passaram. (Quem me conhece de verdade sabe do que estou falando, rs)...

E para que começemos a problematizar essa história digo-vos que desde criança sonhava com a minha liberdade financeira, aí vocês me perguntam, mas por que liberdade financeira sendo você uma criança não é mesmo?

Tudo bem, eu explico...
Quando criança eu tive um problema de saúde que me deixou sem nenhum movimento nas pernas por mais de dois meses, todos os exames dos mais baratos aos mais caros só foram possíveis graças a alguns anjos que tenho a exemplo do meu primo que é médico e bem sucedido na capital baiana (Salvador), chamado Delfin Miranda e dos meus pais (Jaime e Almira). Mas mesmo assim, nenhum dos exames constatou o que pudesse ser o problema, mesmo passando por uma junta médica no hospital São Rafael em Salvador, esse problema só foi descoberto muitos anos depois através de uma fisioterapêuta que tentava me readaptar, e me ensinar a andar novamente depois de 2 meses completamente imóvel numa cadeira de rodas e a mais de um ano tentando voltar a andar através de muletas, constatando assim que um dos problemas estava na coluna.

O motivo do agravamento desse problema foi o emprego que eu tinha naquela época, (pois trabalhava como agente de saúde no combate à dengue, com uma "bolsa pesada" nas costas) depois de muitas melhoras e pioras na minha saúde e sem descobrir o real diagnostico, quando já tinha 18 anos, e tive que deixar esse trabalho, por essas complicações.

Sorte que foi exatamente quando eu já tinha começado a trabalhar durante meu horário de almoço e durante os fins de semana como locutora em uma emissora de rádio comunitária da cidade que eu morava (Várzea Nova FM).

Mas, como felicidade dura apenas em alguns momentos e não dura para sempre. A emissora teve que fazer cortes para contenção de despesas, e como eu estava adoentada e poderia não render exatamente o que ele precisavam, e era exatamente quando meu pai tinha que estar indo me levar de carro e precisava me pegar no colo para colocar no estúdio, com todo esse trabalho a direção da emissora considerou por bem ser eu uma das demitidas.

Sinceramente, chorei, e chorei muito por ser eu a escolhida nesta demissão, mas como sempre digo, tudo em minha vida acontece no momento certo. Pois essa foi exatamente a época eu já estava casada há quase 3 anos e meu esposo morava em uma outra cidade próxima onde eu fazia a fisioterapia para minha readaptação, uma cidade chamada Irecê.

Então com a cara e a coragem fui fazer um teste em uma das emissoras da cidade (Caraíbas FM), que já temia não ser chamada por ser uma rádio comercial e eu não tinha o DRT (habilitação para o radialista profissional), mas mesmo assim fui e fiz o teste. Vocês acreditam que eu fui chamada, foi lá que eu aprendi um pouco do que sei quanto a profissional que sou e muitos dos procedimentos profissionais que tenho em minha vida.

Eles acreditaram naquela “menina” de 18 anos que chegou até aquela emissora morrendo de medo das várias pancadas que a vida já tinha lhe dado, e principalmente, medo de mais uma “bordoada” que poderia ser esse desligamento total da comunicação.

Comecei a trabalhar e me reabilitei completamente, voltei a andar normalmente (pois até então andava de muletas) mas, mesmo assim tenho até hoje alguns cuidados para que minha coluna não volte a ter outro agravamento e volte a sofrer o que já sofri. Na cidade de Irecê morei por quase quatro anos. Mas, na época meu esposo ficou desempregado e tive que me mudar novamente, então fui morar no mesmo lugar que ele (Luis Eduardo Magalhães-BA).

Vim morar na região oeste da Bahia. Uma das coisas que me fez sair de Irecê para morar aqui onde moro atualmente (Barreiras-BA), deixando meu emprego e uma vida quase estabilizada que tinha, foi o sonho de poder fazer o curso de jornalismo e poder um dia comprar minha casa.

Mudei de vez para essa cidade, no trabalho e nos estudos com certeza foi a melhor opção em minha vida, porém na vida afetiva, foi aqui o maior tormento que encontrei. Com o tempo, muitos problemas no casamento me fizeram separar e como sempre digo tudo tem o tempo certo em nossa vida.

Com o termino desse casamento, ficaram muitas dívidas, muitos problemas e questionamentos que ainda estão sendo resolvidas e disolvidos, hoje tenho um bom tempo de separada e mesmo assim continuo resolvendo essas várias pendências.

Está cidade me ensinou várias coisas, mas acima de qualquer ensinamento pude ter a certeza que preciso ter amor próprio e saber me valorizar, para que assim eu possa olhar para o próximo e dizer qual o meu real sentimento. E saber planejar minha vida por completo, mesmo as vezes esse planejamento não servir de base para o concreto.

Esse foi um ano de extremas descobertas e de muitos aprendizados.
Além de ser esse ano também a minha formatura em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, graças a emissora que eu trabalho (Rádio Barreiras e FM Líder - que me cedeu bolsa integral no curso que faço). Com fé em Deus farei um festa e assim realizarei um dos meus sonhos e também o sonho dos meus pais.

Esse foi o ano também que caí de paraquedas na área de sindicalista...
O cooredenador do Sindicato dos trabalhadores em rádio, TV e Publicidade (SINTERP/BA) conseguiu me convencer a estar atuando também em favor dessa classe a qual pertenço.
De inicio, essa é uma meta que eu não pretendia alcançar de forma alguma. E relutei para estar aqui em Barreiras como a Diretora do SINTERP na Regional Oeste. Mas, hoje eu sei o quanto tenho aprendido e vivido nessa experiência inusitada.

Em breve quem sabe eu tenha muito mais para contar a todos vocês.
Mas, será que eu consegui expressar bem de forma tão rápida tantos anos da minha vida???
Espero que sim.

Sintam-se beijados e abraçados...