sexta-feira, 23 de setembro de 2011

*** BANALIZARAM O AMOR...

Por: Alyne Miranda
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Houve um tempo em que amar era diferente. E que as pessoas acreditavam umas nas outras.
Nesse Tempo, o sentimento era mais valioso que alguns momentos na cama.
E as pessoas acreditavam em sentimentos puros e verdadeiros.

Hoje em dia banalizaram o amor. As pessoas consideram que amar, é apenas “fazer amor”. E que alguns minutos com uma boa companhia seja o suficiente para suprir toda e qualquer necessidade considerada humana.

Mas, será mesmo que isso possa ser suficiente?

Ouvimos diversas denominações para os amores da atualidade: amantes, ficantes e peguetes... Inúmeros nomes surgem todos os dias para denominar a moda das paixões momentâneas.

Mas, de que adianta tanta modernidade, se no final das contas todos querem manter sua âncora presa no fundo do mar, com um lugar fixo, para ter sempre um porto seguro, onde possa voltar, confiando que ali estarão seguros.

O mundo tenta mostrar que bastamos para nós mesmos, e que somos o suficiente para suprir qualquer necessidade. No entanto, quando a solidão bate, quem pode nos ajudar? Será que conseguimos acabar com a solidão estando sozinho também? Há remédio para esse tipo de dor? Quero que quem tenha conseguido esse feito, conte a receita, pois, com certeza muitas pessoas podem dar uma fortuna por essa fórmula.

Diga-me de que adianta ficar com inúmeros garotos (as) e no final sair sozinha para a balada? Nessa noitada, consigo alguém para matar-me de prazer, mas quando bater a solidão e estiver afim de um único beijo e uma deliciosa carícia, será que essa mesma pessoa estará disponível?

Talvez nesse momento, esses que conseguiram satisfazer meu desejo, estejam muito ocupados atrás de outras que possam acreditar em suas promessas vãs de amor.

Podemos mesmo considerar esses sentimentos avassaladores da atualidade, como um amor? Ou ainda como paixão? Acredito que não.

Amor é muito mais sublime que esse vulcão de sensações.

Paixão, por mais avassaladora que seja não passa após uma noite de amor, dura muito mais tempo.

No entanto, podemos sim dizer que há uma grande probabilidade de destruirmos os sentimentos puros entre pessoas que poderiam um dia se amar, se continuarmos encarando a vida como uma grande brincadeira. E continuar acreditando que enquanto não encontro a pessoa certa, devo me divertir com as erradas.

Tem quem acredite que essa é a melhor forma de viver. Porém, penso que essa possa ser sim a melhor forma, para aqueles que tem medo de compromisso. Aqueles que não acreditam no amor. E aqueles que não tem coragem de olhar no olho e dizer que é capaz de amar, mostrando ser ainda um pouco romântico, afinal, ser romântico nos dias atuais, significa ser cafona. Onde irá parar esse mundo de sentimentos distorcidos e banalizados?

Espero que a “ficha” caia enquanto é tempo.

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